Sou eu que passo pelos campos
Ou são os campos que passam por mim?
Os quilómetros são aos centos
Neste caminho por onde vim.
Para quê pensar nisto?
Não tira o sono a ninguém
Que já tenha reflectido nisto –
Pessoas que já têm tudo visto –
A isso chamo pensamentos de armazém.
Para a nuvem mais soberana
À fossa mais recôndita,
Das ruas remotas de Havana
Até à cidade invicta.
Subindo a mais imperiosa montanha
Descendo ao negro vale:
Sem a sacrária senha
Nada disto algo vale.
São pensamentos de armazém.
Olho para o vago papel
Sem saber a que tudo isto vem.
À verdade estou a ser fiel.
Escrito no dia 22 de Março de 2018, num autocarro
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