O primeiro poema que escrevi, durante uma aula de português, quando eu tinha 12 ou 13 anos, tinha este título. Só voltei a escrever poesia com 17 anos de idade. Hoje, esse título é tudo o que recordo sobre esse primeiro poema. O caderno onde ele estava escrito não sobreviveu ao simples passar do tempo. Tentei recuperá-lo neste outro poema que escrevi.
A chave não é uma amiga,
É um lampejo de luz
Que ao Sacrário nos liga
Para à verdade fazer jus.
As Portas da Percepção, abertas,
Revelando-nos enredo e resposta
Às verdades que estão encobertas
Pela penumbra que foi imposta.
A Chave tem um poder
De abrir o céu e inferno,
Abre tudo sem o conteúdo temer.
Uma resposta no consciente interno.
O trinco dá um estalo
Fugaz e receosamente sonoro.
Dá as palavras com as quais falo
E um trilho para o local onde moro.
Dourada, platinada, bronzeada,
Rachada, tudo isso é acessório –
Cristo tinha a farda rasgada
E tentou salvar o mundo inglório.
Mas Cristo não tinha uma Chave,
Tinha deus, seu pai, como adversário.
Sua irrealidade nunca voou na vermelha ave
E tudo o que lhe deram foi um sudário.
A Chave é uma porta portável
Para qualquer muro irreparável
Toda ela uma relíquia fiável
Para
qualquer consciência desconfortável.29 de Setembro de 2018
Muito bom!!!
ResponderEliminarÉs um amor só por essa
Eliminar