sábado, 28 de março de 2020

Sala do Julgamento (Poema)

Entrando na Sala do Julgamento
Com o destino incerto
E o cérebro em estádio pulsar.
Sala desconfortável como o infernal vento
Olho para trás e o portão já não está aberto.
Tenho de enganar o azar.

As respostas já foram respondidas
E fi-lo com várias vidas.
Mais nada há a provar
Na fábrica especialista a formatar.

A sorte a mim assistiu-me
Para trilhar o caminho perante o carrasco.
Os meus Professores, meus amuletos, vêem-me
A superar o muro sem um fiasco.

Estou com vocês, meus diamantes!
Sem os quais nada seria possível
Pois nenhum Humano é infalível,
E juntos somos, do topo da colina, falantes.

Serei absolvido nesta hora.
Meu advogado são Eles e a minha consciência.
O futuro trilho já é revelado
E para ele parto sem demora.
A Ti, meu Louco Diamante, espero que realizes a tua vivência
E que te juntes ao meu lado.

Isto tenho eu para dar,
Só tenho de enganar o azar.
Bem que fosse, todo assim, todo o meu momento
Após abandonar, livre, a Sala do Julgamento.


19 de Junho de 2017

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