O longe é o que dá vida
O perto é a letargia,
Faz sentido? Não há saída
Desta questão, desta via.
Escolham o vosso veneno
Procurem o original caminho.
Neste espaço tanto obsceno
Há decisões que se tomam sozinho.
Separo a minha água
Do óleo alheio,
Minha via remato-a
Não apagando as pegadas do caminho que veio.
Crescemos presos a estáticas percepções
E quando começamos a descer a colina
Tresmalhados ficamos em semeadas confusões.
Escolham o vosso veneno… louca sina
Escolham o vosso veneno, depressa!
Água contaminada ou contaminação aguada, não
interessa!
E aquando da venenosa emersão, não tenham
pressa
Pois só aí é que a verdadeira graça começa.
Renunciem aos vossos princípios,
Percorram a vida como camaleões
Assolados por autoritárias ilusões,
Chamem escadas corporativas aos princípios.
Digam sim à traição
E cuspam em quem vos dá a mão
Façam com que o que aquilo que são seja
esquecido…
É o fim do caminho, veneno consumido.
Olhem para dentro de vós
Esqueçam quem vos enfia os grilhões,
Sigam da nascente até à foz
Sejam verdadeiros com vossos corações.
Cumprimentem tanto o rebelde como o erudito
Olhem para o que pisam, o chão
Pensem se há vidas perdidas em vão…
Está administrado o antídoto.
Nada disto são razões absolutas
Não são códigos nem sacras frutas,
Esta tinta não fomenta inúteis lutas
Depende sempre daquilo que escutas…
Comunidades abertas ou isoladas grutas?
Será um falso dilema?
Eu próprio não sei o esquema.
O que quero é um mundo ameno
E não quero o veneno.
Escrito entre 1 e 2 de Dezembro de 2017
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